terça-feira, 14 de julho de 2009

POPÓ, FOTOS DO LANÇAMETO DO LIVRO DE ALOILDO PIRES

POPÓ, LEGENDÁRIO JOGADOR DE FUTEBOL.

— valci barreto

APOLINÁRIO SANTANA-POPÓ.

Valci Barreto
editor do bikebook.blogspot.com
colaborador do muraldebugarin.com
folha do reconcavo.

Em 23.07.2006, o CADERNO REPORTER, do Correio da Bahia, publicou reportagem sobre um dos maiores ídolos da história do futebol baiano, APOLINÁRIO SANTANA , O POPÓ.

A integra da reportagem pode ser buscada no www.correidabahia.com.br, Caderno Reporter.

O advogado baiano, Aloildo Pires, militante da Justiça do Trabalho, é pesquisador da história do futebol, e lançou, há alguns anos, livro contando a história do legendário atleta baiano.

Na Galeria do fotos, do muraldebugarin.com, no album 'EVENTOS..." estão fotos do lançamento, que contou com a presença de familiares de Aloildo; familiares descendentes de POPÓ; Virgilio Elisio, ex presidente da Federação Baiana de Futebol, atualmente na CBF , que foi o mestre da cerimônia.

Matéria do Correio da Bahia:

"Apolinário está vivo
Lendário personagem do futebol baiano sobrevive no imaginário popular

Em versos de cordel, no livro
Historietas do futebol baiano, de 1997,

Edson Bulos

lembra do craque:
`Jogadores?!Nem se conta!
Mas foi rei, isto é sabido,
Apolinário Santana
Popó o seu apelido
Foi Botafogo e Ypiranga
Não brigava ou tinha zanga
Era um Deus enaltecido´

"É no imaginário popular que Popó permanece. Um dos poucos jogadores de futebol do início do século passado, senão o único, ainda lembrado de forma marcante. O nome do célebre atacante, Dois Lados também é evocado, muito mais por ter sido o principal parceiro de Popó na Seleção Baiana. Da mesma forma, Mica e Nebulosa, que completavam a linha média da seleção de 1922. Somente o mito de Apolinário está presente em histórias lendárias e escritos heróicos.

Estranhamente, foi apagado da memória do Ypiranga. Não há registros da tragetória de Apolinário Santana na Vila Canária, atual sede do "Mais Querido". O clube tenta se reerguer e volta a disputar a divisão de acesso do Campeonato Baiano. Mas os arquivos que revelavam sua história se perderam em desastrosas administrações anteriores. Junto com eles as façanhas do popular Popó, o Craque do Povo. Nenhum jogador do atual Ypiranga, nem mesmo o seu próprio presidente, conhece os feitos extraordinários do seu maior craque. "Infelizmente os que passaram por aqui não tiveram cuidado com a nossa gloriosa história", lamenta Antônio Filho.

Restou-lhe a memória do povo. O jornal A Tarde de 26 de setembro de 1994, em matéria intitulada Lembranças de Popó, transcreve cantiga de quadrilha junina, entoada na Salvador do início do século. O termo "melar" significa "drible", na linguagem da quadrinha: "Chuta, chuta, Popó chuta/Chuta por favor/Mela, mela, mela, mela/Mela e lá vai gol".

Ainda hoje, pergunte sobre Popó aos torcedores do Fluminense carioca. Os mais antigos saberão responder exatamente de quem se trata. Em exibição histórica no dia 15 de abril, no Campo da Graça, em 1923, Popó assinalou todos os gols da vitória por 5 x 4 sobre o "Pó-de-Arroz". Em telegrama enviado por dirigente tricolor ao Rio de Janeiro, via-se escrito de forma lacônica: "Popó 5 x 4 Fluminense", manchete de jornal carioca no dia seguinte.

O nome do craque seria lembrado por muitos anos no estádio das Laranjeiras, no Rio. "Qualquer jogador visitante que se destacasse contra o Flu era chamado de Popó", explica o historiador esportivo Normando Reis. Aquele jogo e todos os outros que o fluminense fez em visita a Salvador seriam filmados por produtora cinematográfica e exibidos no Cine-Teatro Politeama.
Homenagem

Décadas depois da sua morte, velhos admiradores do craque fundaram clube de várzea que homenageava seu nome. Com sede na Ladeira da Fonte das Pedras, próximo à Fonte Nova, o Popó Bahiano disputaria por muitos anos competições amadoras em Salvador. "Impressionante como o nome de Popó se espalhou pela capital", admira-se Reis. Apesar disso, um dos poucos momentos de reconhecimento oficial ao craque se deu apenas em 2002. O troféu de campeão baiano da Federação Baiana de Futebol, entregue naquele ano ao Vitória, foi denominado Apolinário Santana.

Curiosamente virou nome de rua, fato comum entre políticos, mas muito raro entre jogadores de futebol. Principal e mais movimentada via do bairro do Engenho Velho da Federação, a Apolinário Santana liga a Cardeal da Silva ao fim de linha do antigo bairro. Tem status de avenida entre os moradores. Ali, provavelmente numa das travessas que também levam o seu nome, Popó teria morado durante muito tempo. Talvez por isso tem o nome reconhecido por qualquer residente da área. Ninguém o confunde com o pugilista homônimo. "Um grande jogador do passado", afirmam os mais jovens. Somente perguntando a um e a outro é possível encontrar pessoas que tiveram ligação com Apolinário.
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A homenagem em forma de livro foi idéia do próprio Aloildo Pires que entre os anos de 1997 e 2002 manteve o Jornal À Tarde a coluna Memória do futebol.Nas pesquisas,percebeu a importância do jogador e evitara tratar de Apolinário nas matérias, para garantir material que constasse na publicação. Só depois viu que se tratava de inesgotável fonte de histórias e curiosidades. Uma delas aconteceu com o próprio autor. "Em meados dos anos 70, quase duas décadas depois da morte do jogador, lembro de minha sogra jogando futebol com minha filha, de apenas 2 anos. E gritava: Chuta, Popó! Chuta!".

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